Diário do Biker #5 – Concerto de órgão em Mariana

Sábado resolvemos “dar um pulo” em Brumadinho, via Casa Branca, passando pela estrada da serra do Rola Moça… Cena triste aquela mata pegando fogo. É sempre a mesma coisa, todos os anos a grande BH queima. A maioria das vezes começa de forma criminosa, segundo o Corpo de bombeiros… mas bola pra frente. Paramos um pouco no mirante e continuamos a viagem.

A estradinha até Casa Branca é muito divertida e sinuosa. Curvas tão fechadas que dão a impressão de voltarem no mesmo lugar! Pena que é bem curta… rapidinho já estávamos na cidade.

Seguindo a Rodovia JK, com acesso à Piedade de Paraopeba, continuamos rumo a Brumadinho. A estrada é boa, no geral, mas tem trechos de asfalto muito ruins. Os dois parafusos da minha placa cairam por causa da vibração e da instalação igual ao nariz de quem fez… mas ok. bora lá. O calor estava muito forte e depois de uns 30mins de estrada já estávamos precisando refrigerar. Por sorte o Webão avistou uma barraquinha de caldo de cana numa esquina de estrada de terra… Foi como se estivéssemos achado um oásis no meio do deserto! 🙂

– Com muito gelo por favor, moço!

A viagem continuou e chegamos em Brumadinho por volta de 14:30. A fome já estava apertando bastante. Um amigo nosso que estava no comboio deu a dica de almoçarmos no centro. Self service, coca gelada, problema resolvido!

Para voltar: 040, 381 e 262. Asfalto bom, ritmo bom, rapidinho voltamos à BH.

catedralDaSeMarianaNo Domingo partimos para o segundo round. Nos encontramos 9:00 da manhã no posto Chefão, saída para o Rio. De lá, partimos para Mariana. Esse dia foi especial, pois fomos a um concerto de Órgão na Catedral da Sé! No repertório da organista uruguaia Cristina García Banegas: Johann Sebastian Bach, Francisco Correa de Arauxo, Maestro Cabrera del Perú e Livro de Maria Antonia Palacios. O órgão: um Arp Schnitge, alemão, do século 17, construído em Hamburgo. Um som impressionante! Uma curiosidade é que as teclas orgaoCatedralSeMarianadeste órgão foram cobertas por uma camada de dente de Mamute de 20.000 anos!! A idéia era preservar os elefantes, pois o Marfim só causa matança desnecessária.

Mariana é uma cidade histórica do século 17 com um arquitetura predominantemente barroca. Vale muito a pena conhecê-la. Povo receptivo e simpático, como a maioria dos mineiros. A estrada de acesso, saindo de BH é a mesma que vai à Ouro Preto: sinuosa e um pouco perigosa, pois não há acostamento. Mas é muito bela! O clima muda assim que Ouro Preto se aproxima. Aquele calor forte sai de cena para dar lugar à um clima ameno e um ar mais úmido. Muito bom para um passeio de motocicleta.

Para completar a nossa viagem, demos uma passada na Praça dos Ferroviários, onde estava acontecendo o encontro de motociclistas da cidade, com direito ao aniversário dos Vira Latas! Curtimos um pouco o evento, conhecemos o pessoal, almoçamos e bora pra BH.

Ufa, acho que é isso, pessoal!

Até a próxima Aventura!

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Diário do Biker #4 – Tour Estônia & Letônia

Pois é, galera, a Bikers Division agora é internacional! 🙂 No mês passado, o Viking, a Samla e eu estávamos viajando pelos países nórdicos e já estávamos planejando alugar motos por lá, em algum momento da viagem. Chegando na Dinamarca começamos a entrar em contato com algumas locadoras. Já de cara recebemos a triste notícia que eles não alugavam mais, pois era fora de temporada. Na Europa tem disso mesmo… temporada é apenas no ápice do verão, quando o Sol esquenta de verdade aquelas terras geladas. Como fomos em setembro, apesar de ser o final do verão, nada feito… a viagem continuou e fomos passeando de um país para o outro, mas nossa jornada em busca das Bikes continuou. Já estávamos começando a ficar desanimados com tantos “não alugo nessa época” que recebemos. Quando chegamos à Helsinque, capital da Finlândia, encontramos uma loja na Estônia, revendedora oficial da marca KTM, que estava alugando!!! Yeah! Conversamos com o Mart Lajal (Ekstreemmoto www.ktm.ee), o dono da loja, e reservamos duas motos: Uma Duke 690 R 2011 para mim e uma Duke 690 2012 para o Viking. A Samla foi dirigindo o carro de apoio.

12010497_10207934218777425_117859545207766220_oAs estradas daquelas bandas de lá são muito boas. Asfalto parece um tapete, super sinalizadas e o mais importante: todo mundo respeita as leis de trânsito! São muitos KMs de retas e curvas suaves… essa é a parte “boring” da coisa, mas tudo bem. Com essas motos deu pra acelera um pouquinho e se divertir mesmo sem fazer muitas curvas.

Partimos de Jälgimäe no meio da tarde, rumo à Riga, capital da Letônia. Já nos 30 primeiros minutos deu pra entender o motivo de praticamente ninguém alugar motos nessa época: o vento é congelante. Bem OK pra andar pela cidade com uma jaqueta leve e uma calça jeans, mas longe de estar OK para pilotar motos. Depois de uma hora pilotando já não sentia mais meus joelhos. Fizemos uma parada providencial pra ativar a circulação, aquecer um pouco o corpo e complementar a indumentária com uma calça adicional! Continuamos a viagem apesar do frio do cão. Como somos brasileiros e não desistimos nunca, chegamos à Riga por volta de 22:00. O Sol se põe nessa época do ano por volta de 20:30 e a diferença é só a iluminação, pois ele não aquece os corações dos oprimidos… é um Sol gelado.

Com a lição aprendida, passamos a usar segunda pele (calça, camisa de manga e luvas) além de jaquetas e calça impermeável. Nossa próxima incursão foi rumo à Jürmala, uma cidadezinha bonitinha e com uma praia parecida com as nossas, tirando o frio e que ninguém entra na água 🙂 Pegamos chuva em um dos trechos da viagem e, amigo, não é nada legal a combinação de chuva e frio! Mas engole o choro e vambora! Ah! A vantagem da chuva foi sumir com os mosquitos, que são tantos, mas tantos, que explodem na viseira o tempo todo, nos obrigando a fazer paradas para limpar aquele meleca bizarra que nos impede de enxergar direito! hahaha

Falando um pouco das motos, a Duke 690 R é uma Street com bolha e uma pegada de Big Trail. Ela é mais alta e tem um banco mais estreito do que a versão Duke 612009652_492990584215538_8899429507190439499_n90. Seu motor é super
agressivo e o seu ronco ganha brilho com a ponteira curta que já vem de série. Os freios ABS garantem uma segurança legal. O ponto fraco, na minha opinião é a vibração excessiva. Mesmo em alta rotação e velocidade a vibração é tanta que chega a atrapalhar de se conferir os retrovisores, que tremem junto e embaçam a imagem refletida. A Duke 690 é mais estável e vibra menos que a R, porém seu motor perde um pouco em relação à primeira. Ela é mais baixa, banco mais largo e mais confortável e possui um escapamento mais esportivo. Fizemos um test drive na Duke 390 antes, para verificar se o custo adicional valeria a pena. Sim, foram alguns euros a mais que valeram cada cilindrada, pois o conforto nas ultrapassagens, retomadas e esticadas nas retas nos poupou tempo e dores nos pulsos.

No geral, as paisagens são muito bonitas, o que valorizou muito a nossa viagem. Primeira de muitas internacionais que virão. Quem sabe na próxima todos os membros da Bikers Division viajam juntos! Deixo aqui um video para vocês sentirem um gostinho do que passamos!

Até a próxima Aventura!

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