Passou o Carnaval, acabou a brincadeira, então bora pra mais um passeio. Ah! Antes de mais nada, é bom frisar que o moto turismo é um dos principais objetivos do nosso motogrupo. Seja ele para conhecer novos lugares, pessoas diferentes, culturas diferentes e/ou pratos diferenciados. Logo, não pegamos estrada apenas para acumular KMs, mas também para guardar boas lembranças! 🙂 Bom… vamos lá! Estava eu trocando uma idéia com o Léo Cristão sobre a vida, o universos e tudo mais (42), quando ele sugeriu visitarmos a Gruta do Maquiné, na cidade de Cordisburgo/MG. Para quem não sabe, Cordis, do latim, significa Coração e Burgo, do alemão, significa cidade, logo: Cidade do Coração. Mudou sua vida, hein! Fala aí! 🙂
Um passeio rápido: 125Kms de BH. Marcamos para este último Domingo. Devido a um imprevisto, Léo abandonou o barco, mas sua idéia permaneceu viva em nossos corações! Domingueira: 9:28 da madrugada, primeiro posto na saída da BR040 para Brasília. Lá: Vegetal, Jairão, Susu e eu nos encontramos. A BR040 está muito boa, já o trecho de ~26Kms da MG231 está com o asfalto muito ruim. Enfim… partimos rumo à terra do grande escritor Guimarães Rosa.
Eu careço de que o bom seja bom e o rúim ruím, que dum lado esteja o preto e do outro o branco, que o feio fique bem apartado do bonito e a alegria longe da tristeza! (…) Este mundo é muito misturado … (Guimarães Rosa – Grande Sertão: Veredas)
Cordisburgo é uma cidadezinha pacata, com jeitinho interiorano e bem desconfiada. Os moradores são simpáticos e receptivos. Fomos muito bem recebidos no restaurante que almoçamos…. (vish, acho que estou com fome, pois já estou pulando pro final da história…. vamos voltar então!)
A Gruta do Maquiné foi descoberta em 1825 pelo fazendeiro Joaquim Maria Maquiné e mapeada por Peter Wilhelm Lund, um naturalista Dinamarquês especialista em mamíferos. Ela começou a ser visitada de forma desordenada por pessoas que começaram a destruir a gruta (brasileiros? ô raça). Ainda bem que ela passou a ser controlada. Hoje, todas as visitas são guiadas. Os guias “tentam” conscientizar os visitantes da importância da preservação. Paga-se R$ 20,00 pela entrada para se ter acesso a 7 salões e ~650 metros de extenção. A gruta possui outros salões, mas o acesso a eles não é trivial.
Peter Lund encontrou alguns fósseis dentro da gruta, um deles, de uma preguiça gigante, que tinha ~3 metros de altura. Ela não viveu dentro da gruta, seu corpo foi levado pelas águas e repousou lá durante milhares de anos à espera do nosso intrépido Dinamarquês. Os ossos foram levados para Copenhagen e não para um museu qualquer no Brasil, logo, se você quiser ver o que restou da preguiça gigante brasileira, vá para a Dinamarca!
Bom, é isso. Viagem tranquila. Estrada boa! Céu claro. Tudo certo! Espero que tenha gostado desta aventura! Até a próxima!
Foto 360 do sexto salão: http://sphcst.com/8h21k
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