Autor: mfgs
Metraliator: 10 Anos de Vandalismo
No aniversário de comemoração de 10 anos do METRALIATOR, que rolou no dia 19/12/2015, quem recebeu o presente foram os bangers que compareceram ao evento, que ainda contou com a participação de poderosos representantes do Black/Thrash Metal da cena mineira: MARTÍRIO, BONECRUSHER e INCITER. Ah! E mais, o evento foi 0800, em uma “casa de shows” pouco usual que tem chamado à atenção dos belorizontinos mais true do metal, localizada ao lado do cemitério do Bonfim – Enquadros Molduraria. A Enquadros Molduraria é um local bem tranquilo e aconchegante ao toque underground e de fácil acesso, na região central de BH. O local tem seus pontos altos até no momento daquela mijada (rs)… Cerva com preço justo, tropeiro e macarrão pra curar a larica da galera. Na decoração, o quadro do Lemi deu o seu toque. Deixo apenas uma sugestão para os próximos eventos, um palco, mesmo que da altura de um degrau de escada, protegeria os equipamentos das bandas nos momentos de porradeiros generalizados.
Começando com os shows, o INCITER da partida ao porradeiro. Mandaram benzaçõ! Mas neste momento a galera ainda estava chegando, portanto, os “moshes” ainda estavam bem modestos. Em seguida foi à vez do BONECRUSHER com seu Thrashão dos diabos. O quinteto fez um som destruidor, com riffs bem técnicos e agressivos e ainda com a batera incessante de Guilherme Cosse. Os “Guerreiros Bangers” mostraram pra quê vieram! Posteriormente foi a vez do MARTÍRIO presentear o público com seu som brutal e com a voz marcante de Clayton, que explora todo o seu potencial vocálico. Os Headbanger, neste momento já com sangue nos olhos, retribuíram a cortesia com moshes mega destruidores.
Vinicius não havia nem esfriado a almofada do banco da batera com o MARTÍRIO e volta mais uma vez para regência das baquetas para o “grand finale”. Assim, toma frente o METRALIATOR. Trazendo toda “Força Bestial”, em sua proposta totalmente old school, que conduz a música para a total destruição numa velocidade brutal e desenfreada. Resultado: mais uma apresentação memorável e impecável. E para aumentar o fogo destruidor da “Máquina Satânica”, os quatro cavaleiros do apocalipse: Vinicius (Batera), Paulo (Guitarra), Mitchell (Vocal) e Mirin (Baixo); contaram com participações mais que especiais para provocar o vandalismo generalizado aos Headbangers, que em determinados momentos não se sabia onde era palco e onde era pista, formando uma fusão de 3 bandas: METRALIATOR/PUNHO DESTRUIDOR/MARTÍRIO e ainda contando com o apoio vocálico de Wanderson (Rock n’ Roll), tocando todos os clássicos dos seus 10 anos de história, pautada em muito compromisso, dedicação e profissionalismo.
Hail ao Vandalismo! Hail ao Metal Underground Mineiro!
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For True – Extreme Metal Force
O dia: 12 de Setembro/2015. O local: Belo Horizonte. Muitos devem lembrar desta data pela Virada Cultura, com a presença de Sepultura, Eminence e Metallica Cover Brasil, na Praça da Estação. Mas para mim não!
Vejam bem a vida de um banger! Acordei cedo pra comprar cortina com a sogra! Minha companheira, minha sogra e meu garoto (ainda em gestação) partimos nessa jornada. Depois de horas de indecisão (…) escolhemos duas e fomos almoçar…
Almoço reforçado, hora das garotas se dirigiram para casa junto com o menor de idade :), pois a noite prometia muitos hematomas \m/. Hell yeah!
Como tenho o “péssimo” hábito de chegar no horário marcado em todos
os eventos de Metal de Belo Horizonte, além de ser minha primeira vez no Azuz-In Rock Bar (Santa Terezinha), cheguei por volta de 16h. Mas só foram abrir os portões por volta de 19h. Ai, o jeito era explorar a região e procurar abrigo em algum boteco que oferecesse a cerva mais gelada da região.
Depois da cerva gelada voltei ao recinto e me deparei com uma cena inusitada, um cachorro guiando um cavalo. Acabei aprendendo depois… quando se visualiza esse tipo de sinal é um presságio dos deuses que o evento promete (rs)!
Mesmo com a abertura dos portões, próximo das 19h, os shows efetivamente começaram por volta das 22h. Mas nesse meio tempo, a moçada do submundo old-school do metal começou a aparecer (por sinal, só deu velha guarda). E como a espera ainda era grande, foi juntando uma grande roda de prosa entre o público e os músicos das bandas para relembrar eventos passados. Bandas que surgiram, bandas que se foram, causos vividos… Muitas das bandas falaram que passaram na MECA do Metal para se “abençoarem” antes de se dirigirem ao Azuz-In Rock (Cemitério do Bonfim). Esse dedinho de prosa prévio trouxe uma grande proximidade e sintonia, deixando o ambiente mais ainda com clima de irmandade.
Mas agora vamos falar de música… A primeira banda a se apresentar foi a estreante mineira CHAOS PROPHECY, em seu 1º Show, mandaram muito bem! A segunda apresentação ficou a cargo do TEMPESTILENCE, de Campinas, com seu Death Metal destruidor. Power trio liderado por Fabio Lupus (gente-finíssima). Na 3º apresentação, sobe ao palco os mineiros do MORTIFER RAGE, com seu Brutal Death e mais de 15 anos no corre, proporcionando hematomas por onde passam \m/. A próxima banda foi a principal apresentação da noite: os paulistas do QUEIRON, também Brutal Death. Banda destruidora que deixou os headbanger ensandecidos… Pude ouvir pelo menos 5 estalos de pescoços se partindo devido aos “banging”… Som de primeiríssima qualidade.
Em seguida sobre ao palco os paranaenses do HOLDER, também power-brutal-death-trio, com: Barba, Nene e Gilsão. Fizeram um show pra ninguém botar defeito (utilizando o jargão com propriedade). Show massacrante. Show ducaralho. E para fechar a noite, vieram lá dos pampas gaúchos o MOVARBRU. Black Metal dus inferno. Fizeram um show (Bah!) brutal e destruidor (TRI LEGAL!).
Os organizadores estão de parabéns em reunir tanta banda foda. O ambiente do Azuz-In Rock também ajuda dar um toque de underground ao cenário. Foi de longe umdos melhores festivais do ano.
Até a próxima!
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Tropa Metal Headbanger 2015 – 5 Anos
O aniversário de 5 anos do Tropa Metal, que ocorreu no dia 25 de julho de 2015 no Bar do Brinquedo em Contagem, contou com a participação de 7 bandas. O objetivo do evento foi combinar o mundo dos clubes de motociclismo com o dos headbanger underground, já que estes dois universos têm muita coisa em comum.
O evento reuniu uma grande legião de seguidores, de todas as idades. Apesar de toda a “agressividade” da proposta, o evento foi bastante familiar. Pode-se ver várias crianças curtindo o evento juntamente com seus pais. Logo, o que nos restou foi apreciar o bom e velho metal, tendo em punho aquela cerva gelada. Para os admiradores das duas rodas, não faltaram exemplares. Boa parte da rua foi tomada pelo reflexo do metal cromado. Falando em metal: Metal e motociclismo, combinação perfeita para arrastar a Panela do Rock/Bikers Division, que montou seu “refúgio” ao lado da barraquinha da Sol… Resultado! Sabadão DUCA.
Musicalmente falando, o palco estava montado na frente do bar, virado para a rua em uma tenda ao mais clássico estilo underground. Os shows iniciaram com a banda mineira de Speed/Heavy Catástrofe, que fez o deve de casa. Posteriormente, mantendo o gênero, quem assumiu o palco foram os paulistas da Harpago, que também mandaram muito bem.
Agora, particularmente, as duas atrações que mais estava esperando… Sobe ao palco o Metraliator que com seu Black/Thrash Metal fez um show impecável e destruidor, seguido do Sagrado Inferno. A banda Sagrado Inferno foi fundada em 1983 e foi a primeira banda a fincar a bandeira mineira no cenário do metal (infelizmente, por motivos particulares, acabou entrando em estado de hibernação). Sagrado Inferno, em seu regresso totalmente reestruturado, contou com a presença do seu fundador Marquinho,
acompanhado de seus dois filhos. Eles mandaram muito bem!! Mantiveram em seu repertório grandes clássicos oitentistas como: “Vida Macabra”…
É fato que Metraliator e Sagrado Inferno foram os grandes destaques do dia! Arrebentaram geral! \m/
Em seguida sobe ao palco mais um peso mineiro de Heavy Metal, bem conhecido no cenário de BH: o Witchcross. Também com longos anos de estrada e sempre com seu visual extravagante, mas com os dedos ferozes e gogó afinado.
Infelizmente tive que abandonar o evento antes da apresentação do Antroforce e Vingança
Suprema, ambas as bandas paulistas na linha do Thrash.Isto porque dependo de transporte público eu tive que correr senão não chegava em casa…
Parabenizo os organizadores bem estruturado evento, que contou com tanta banda foda. Encerro essa “transmissão” na expectativa do próximo Tropa Metal Headbanger.
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Refúgio Macabro Metal Fest – Ato II (Corpus Vermis)
O que você acha de curtir quase 24h seguidas de metal extremo, no mais típico cenário underground, com venda de materiais das bandas como: CDs, vinis, camisas e até mesmo nossa imortal fita K7? Ah! Isso tudo regado à cerva por R$5,00, caldo de feijão e arroz carreteiro!!!
Pois é! Esse foi o REFÚGIO MACABRO Ato II, que aconteceu no dia 11/07/2015 em BH e contou com nada mais nada menos que 19 bandas de estilos diferentes, vindas de tudo quanto é canto do país:
IMPURITY – MG
VULTOS VOCIFEROS – DF
EMINENT SHADOW – DF
VELHO – RJ
DENIED REDEMPTION – DF
SANGRENA – SP
NECROBIOTIC – MG
R.C.E. – BA
DEATHRAISER – MG
DEVOURING – BA
METRALIATOR – MG
DEATH SLAM – DF
ENDLESS BRUTALITY – RN
PRECEPTOR – MG
ORGIA NUCLEAR – ES
IN APOSTASIA – MG
MATA BORRÃO – MG
MORTIFER RAGE – MG
ODALHEIN – RN
Perceberam a responsa em falar de um festival como este e da dificuldade em descrever tudo que foi visto e ouvido neste dia, né? Mas vamos lá.
Começando pelo nome: Refúgio Macabro, que define exatamente a insanidade e o objetivo desse festival, que juntou uma quantidade considerável de headbangers de todas as gerações em sua segunda edição. O local escolhido também atendeu como uma luva ao clima soturno do festival, onde, do lado de fora você se depara com a “realidade brasileira”: moradores de rua, catadores de lixo e marginalizados. Do lado de dentro, um toque de circo dos horrores, cujo picadeiro foi o palco de críticas sociais/políticas e contra idéias de dominação em massa, retratadas nas letras das músicas.
Éramos três da panela (Samir, Viking e Filipe), interessados em ouvir o que tinha de mais pesado, fétido, obsceno e impuro no mundo do metal e, para isso, contamos com o apoio das bandas que estavam suando sangue e tocando como se suas vidas dependessem daquele momento. Resultado: o melhor do underground para um público insano. Público este que parecia um bando de possuídos por hordas espirituais, marchando para a batalha do apocalipse. Todos dispostos a fazer história neste dia, mesmo sem querer.
Apesar das trocas de bandas no palco terem ocorrido relativamente rápido, em alguns pontos, ocorreram falhas na regulagem do som, comprometendo boa parte dos shows. Contudo, isso não diminuiu o mérito dos organizadores do evento. Apesar da grande diversidade de estilos, tanto as bandas quanto o público respeitaram uns aos outros, focando suas energias no que realmente importava: a música. Prova de que a união headbanger existe e que cresce a cada dia, principalmente no cenário underground. Internamente, o espaço era bem amplo e apresentou uma boa acústica, sem falar na arquibancada ao lado do palco para aliviar os pés cansados das gerações 70 e 80 (como nós), que também marcou presença.
Quanto à performance das bandas que presenciamos, todas tiveram um desempenho notável, mas destaco algumas participações como: Devouring, Velho (e seus fãs mega empolgados), Metraliator, Denied Redemption, Necrobiotic… e pra finalizar nossa participação, atingindo o cume (ou a ponta do chifre do capiroto): Impurity! Eis nosso deadline 🙁 Após a apresentação do Impurity, fomos embora. A quantidade de bandas é sim um ponto positivo. Porém, trintões (como nós) já sentem o peso dos muitos natais vividos. Com muito pesar deixamos de ver 8 bandas, uma vez que passar quase 24hs direto de shows pesa muito, o cansaço bate e o jeito é ir embora pra casa.
Na minha opinião seria bem melhor se o festival tivesse sido dividido em dois dias, ou até mesmo começar mais cedo (ainda pela manhã), para que as bandas que se apresentaram mais ao final do evento não ficassem tão prejudicadas. Seja pelo público que vai minguando, seja pela exaustão que vai tomando conta dos bangers mais selvagens. Fica aí a sugestão para a próxima edição.
Por aqui encerro. Já na expectativa de um vindouro ato III e que possa arrastar mais e mais amigos bangers que valorizam o mais puro e extremo metal. Coisa que só o cenário underground tem para oferecer.
“Metal is the Law”
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