Exhale the Sound 2015

Poster_ExhaleO Exhale The Sound (ETS) é sem dúvida um dos festivais underground mais fodas do país. A sua terceira edição aconteceu no final de semana dos dias 06 e 07 de novembro de 2015. Cinco bandas tocaram na sexta-feira, na Casa do Jornalista e mais catorze bandas no Sábado, no espaço Nook (lááá no fim do mundo).

Fez muuito calor na noite de sexta-feira. A área do palco na Casa do Jornalista é muito abafada. Foi muito difícil ficar próximo ao palco por muito tempo. O jeito era ir pro lado de fora, respirar um pouco, refrigerar e conferir a exposição de zines, vinis, desenhos, pinturas, etc.

A banda que mais me chamou a atenção no primeiro dia do evento foi a Mácula, da Bahia. Os caras destruíram tudo com um som brutal e viajado ao mesmo tempo!! Muito foda! Vale a pena conferir!

No Sábado a história foi diferente. O espaço Nook, apesar de longe do centro da cidade, é um sítio. Perfeito! Lugar muito foda pra se fazer um festival. Muita grama, árvores, sombra, piscina, etc. e tudo ao ar livre, o que foi o mais legal na minha opinião!

Foram montados dois palcos. Enquanto rolava som em um deles a próxima banda se preparava para entrar em ação no outro. O público não foi prejudicado, pois os shows não aconteciam simultaneamente. Terminava um, bastava caminhar até o outro palco e a festa continuava.

A maioria das bandas que tocou era de metal extremo. Muito Death, Grind & Black. Mas a brutalidade às vezes dava espaço para um post rock de qualidade.

Curti muito os shows de Sábado. Os destaques do dia, IMHO, vão para:

  1. Besta: Os portugueses (Lisboa) destruíram com um showzaço fudido! Grind foda e massacrante.
  2. Offal: Death Metal de Curitiba. Podre, brutal e ducaralho!
  3. Death by Starvation: Black Metal destruidor, apesar de ser apenas uma banda projeto, detonou! Fechou em alto estilo com um cover de Mayhem!
  4. Social Chaos: Banda podre de metalpunk de sampa. Showzaço! Muito mosh!
  5. E a Terra nunca me pareceu tão distante: Apesar de não ser o estilo que curto (post rock), os paulistas mandaram muito bem em sua performance ao vivo. Psicodélica, viajada, moderna.

Para completar, cerveja a preço justo. Muito bem organizado. Estacionamento amplo. Tudo certo! Agora o que nos resta é aguardar a próxima edição deste evento fodaço!

Confira algumas fotos do evento no álbum da Dayane.

Valeu!

JP

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Refúgio Macabro Metal Fest – Ato II (Corpus Vermis)

tmp_11424-11754660_956413101067289_7525387678586793680_o423388408O que você acha de curtir quase 24h seguidas de metal extremo, no mais típico cenário underground, com venda de materiais das bandas como: CDs, vinis, camisas e até mesmo nossa imortal fita K7? Ah! Isso tudo regado à cerva por R$5,00, caldo de feijão e arroz carreteiro!!!
Pois é! Esse foi o REFÚGIO MACABRO Ato II, que aconteceu no dia 11/07/2015 em BH e contou com nada mais nada menos que 19 bandas de estilos diferentes, vindas de tudo quanto é canto do país:

 

IMPURITY – MG
VULTOS VOCIFEROS – DF
EMINENT SHADOW – DF
VELHO – RJ
DENIED REDEMPTION – DF
SANGRENA – SP
NECROBIOTIC – MG
R.C.E. – BA
DEATHRAISER – MG
DEVOURING – BA
METRALIATOR – MG
DEATH SLAM – DF
ENDLESS BRUTALITY – RN
PRECEPTOR – MG
ORGIA NUCLEAR – ES
IN APOSTASIA – MG
MATA BORRÃO – MG
MORTIFER RAGE – MG
ODALHEIN – RN

 

Perceberam a responsa em falar de um festival como este e da dificuldade em descrever tudo que foi visto e ouvido neste dia, né? Mas vamos lá.

Começando pelo nome: Refúgio Macabro, que define exatamente a Spasso Escola de Circoinsanidade e o objetivo desse festival, que juntou uma quantidade considerável de headbangers de todas as gerações em sua segunda edição. O local escolhido também atendeu como uma luva ao clima soturno do festival, onde, do lado de fora você se depara com a “realidade brasileira”: moradores de rua, catadores de lixo e marginalizados. Do lado de dentro, um toque de circo dos horrores, cujo picadeiro foi o palco de críticas sociais/políticas e contra idéias de dominação em massa, retratadas nas letras das músicas.

 

Éramos três da panela (Samir, Viking e Filipe), interessados em ouvir o que tinha de mais pesado, fétido, obsceno e impuro no mundo do metal e, para isso, contamos com o apoio das bandas que estavam suando sangue e tocando como se suas vidas dependessem daquele momento. Resultado: o melhor do underground para um público insano. Público este que parecia um bando de possuídos por hordas espirituais, marchando para a batalha do apocalipse. Todos dispostos a fazer história neste dia, mesmo sem querer.

 

Apesar das trocas de bandas no palco terem ocorrido relativamente rápido, em alguns pontos, ocorreram falhas na regulagem do som, comprometendo boa parte dos shows. Contudo, isso não diminuiu o mérito dos organizadores do evento. Apesar da grande diversidade de estilos, tanto as bandas quanto o público respeitaram uns aos outros, focando suas energias no que realmente importava: a música. Prova de que a união headbanger existe e que cresce a cada dia, principalmente no cenário underground. Internamente, o espaço era bem amplo e apresentou uma boa acústica, sem falar na arquibancada ao lado do palco para aliviar os pés cansados das gerações 70 e 80 (como nós), que também marcou presença.

 

tmp_11424-1520649_956412951067304_2222341267240557538_n1243218106Quanto à performance das bandas que presenciamos, todas tiveram um desempenho notável, mas destaco algumas participações como: Devouring, Velho (e seus fãs mega empolgados), Metraliator, Denied Redemption, Necrobiotic… e pra finalizar nossa participação, atingindo o cume (ou a ponta do chifre do capiroto): Impurity! Eis nosso deadline 🙁 Após a apresentação do Impurity, fomos embora. A quantidade de bandas é sim um ponto positivo. Porém, trintões (como nós) já sentem o peso dos muitos natais vividos. Com muito pesar deixamos de ver 8 bandas, uma vez que passar quase 24hs direto de shows pesa muito, o cansaço bate e o jeito é ir embora pra casa.

 

Na minha opinião seria bem melhor se o festival tivesse sido dividido em dois dias, ou até mesmo começar mais cedo (ainda pela manhã), para que as bandas que se apresentaram mais ao final do evento não ficassem tão prejudicadas. Seja pelo público que vai minguando, seja pela exaustão que vai tomando conta dos bangers mais selvagens. Fica aí a sugestão para a próxima edição.

Por aqui encerro. Já na expectativa de um vindouro ato III e que possa arrastar mais e mais amigos bangers que valorizam o mais puro e extremo metal. Coisa que só o cenário underground tem para oferecer.

 

“Metal is the Law”

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Roça ‘n’ Roll 2015

Pelo terceiro ano consecutivo a Panela do Rock marcou presença nesse, que é um dos maiores eventos de Rock/Metal do Brasil. O Roça ‘n’ Roll completou 17 edições e aumenta a cada ano sua expressão e reconhecimento no cenário nacional. Depois de Grave Digger e Rotting Christ, esse ano foi a vez do Pain of Salvation…. IMHO, a vez era realmente dos caras do Vader, mas eles cancelaram o show e deixaram muitos fãs na mão… mas enfim… Bola pra frente…

Mais de 20 membros da Panela partiram de BH rumo à Terra do ET, Varginha, ao sul de Minas. São aproximadamente 300kms de estrada que passam de forma muito prazerosa junto com os amigos. Com o setlist preparado em cada um dos 5 carros, além do Jairão da Bikers Division em sua Dyna, pegamos a estrada.

O festival, que é realizado na fazenda Estrela (localizada a uns 40mins do centro de Varginha), acontece sempre no Sábado, mas na sexta existe um “esquenta”. Esse ano foram shows de bandas cover em um canto na cidade. Ano passado fomos à esse esquenta. Foi uma decepção, pois as bandas eram muito ruins, então o jeito foi beber. Esse ano decidimos que não iríamos ao esquenta. Ao invés disso, tivemos a idéia de nos reunir em uma praça no centro da cidade e fazer um churrasco. Isso mesmo! Churrasco na praça! Não podia ter sido melhor!

ChurrasNaPraca

Depois de escolher cuidadosamente um canto na praça, acendemos a churrasqueira e aí, amigo, só festa. Mendigos, “donos da rua” e moradores da cidade foram lá conhecer aquele bando de malucos de preto fazendo festa na cidade deles. Fomos a atração! As pessoas entenderam que não éramos baderneiros e entraram na bagunça, tirando fotos conosco, nos dando parabéns pela iniciativa, etc. etc. e pumba! No final, guardamos tudo, limpamos tudo e deixamos aquele canto da praça do jeito que encontramos. Ano que vem com certeza terá um segundo round. Varginha, Obrigado!

No dia seguinte, sabadão, foi só ter “o trabalho” de acordar, tomar café, dar um rolê na cidade, almoçar e ir p/ praça do ET pegar o busão (que sai de hora em hora e custa R$2,60) do evento. +/-40 mins de estrada de terra e voila! Chegamos à fazenda. Sol e Diney, amigos nossos, foram de carro e levaram todo o aparato para continuarmos o churrasco. Armamos a tenda e dá-lhe maminha! 🙂

PanelaCampRoca

Bom, chega de farra do lado de fora e bora pra dentro curtir os shows! Falando nisso, esse ano eu confesso que não estava tão empolgado com os shows como nos últimos anos. A banda que eu queria ver cancelou e a atração principal era de Metal Prog. Um estilo que não sou muito fã. Apesar de tudo, reconheço que Pain Of Salvation fez um showzaço e seus fãs piraram com a performance dos caras. Das bandas que assisti uma me impressionou muito, a banda Fafnir! Eles tocaram na tenda, espaço reservado na entrada do festival, para bandas menores. Mas de pequeno nada tinha o som deles. Metal pagão, com muitas influências de Folk metal, mas ao vivo Death e Black metal pesou muito a pegada dos caras. Showzaço! Na minha opinião o melhor. Tuatha de Danann e Cálix fizeram o show padrão deles. Floresta e duende não é minha vibe, logo a única coisa que posso dizer a respeito do show deles é que o som estava com boa qualidade. Perdi Necrobiotic… Death podre de Minas… mas não tem problema, em julho tem Refúgio Macabro em BH e já estou com o ingresso! 🙂

Mais tarde o Mork tentou tocar, mas o som estava um lixo e não tinha um maldido técnico de som e/ou membro da produção pra ajudar a resolver o problema, resultado? Os caras foram vaiados e abandonaram o palco… uma pena, pois esses caras de Brasília fazem um Black/Death de primeira qualidade… Depois, Krisiun! Krisiun é Krisiun! Krisiun é um trio brutal foda que sempre detona. Krisiun é do Sul e Krisiun não decepciona! Mas Krisiun não substitui Vader, poha… 🙁 Mas ok. Krisiun é… como eu disse… Krisiun é Krisiun e foda-se! Vi outros shows no palco principal, mas o que me chamou a atenção foi isso!

Em linhas gerais o festival foi bem mais fraco que os anos anteriores… acredito que o cancelamento do Vader contribuiu muito para isso. O público estava fraco se comparado com os anos anteriores, mas festival é assim mesmo. Nem sempre sai como planejamos. De qualquer maneira, ainda é um festival de peso e se eu estiver vivo ano que vem, com certeza irei!

Abraços e até a próxima aventura!

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