For True – Extreme Metal Force

O dia: 12 de Setembro/2015. O local: Belo Horizonte. Muitos devem lembrar desta data pela Virada Cultura, com a presença de Sepultura, Eminence eFoto1 Metallica Cover Brasil, na Praça da Estação. Mas para mim não!

Vejam bem a vida de um banger! Acordei cedo pra comprar cortina com a sogra! Minha companheira, minha sogra e meu garoto (ainda em gestação) partimos nessa jornada. Depois de horas de indecisão (…) escolhemos duas e fomos almoçar…

Almoço reforçado, hora das garotas se dirigiram para casa junto com o menor de idade :), pois a noite prometia muitos hematomas \m/. Hell yeah!

Como tenho o “péssimo” hábito de chegar no horário marcado em todos
os eventos de Metal de Belo Horizonte, além de ser minha primeira vez no Azuz-In Rock Bar (Santa Terezinha), cheguei por volta de 16h. Mas só foram abrir os portões por volta de 19h. Ai, o jeito era explorar a região e procurar abrigo em algum boteco que oferecesse a cerva mais gelada da região.

Depois da cerva gelada voltei ao recinto e me deparei com uma cena inusitada, um cachorro guiando um cavalo. Acabei aprendendo depois… quando se visualiza esse tipo de sinal é um presságio dos deuses que o evento promete (rs)!

Mesmo com a abertura dos portões, próximo das 19h, os shows efetivamente começaram por volta das 22h. Mas nesse meio tempo, a moçada do submundo old-school do metal começou a aparecer (por sinal, só deu velha guarda). E como a espera ainda era grande, foi juntando uma grande roda de prosa entre o público e os músicos das bandas para relembrar eventos passados. Bandas que surgiram, bandas que se foram, causos vividos… Muitas das bandas falaram que passaram na MECA do Metal para se “abençoarem” antes de se dirigirem ao Azuz-In Rock (Cemitério do Bonfim). Esse dedinho de prosa prévio trouxe uma grande proximidade e sintonia, deixando o ambiente mais ainda com clima de irmandade.

Mas agora vamos falar de música… A primeira banda a se apresentar foi a estreante mineira CHAOS PROPHECY, em seu 1º Show, mandaram muito bem! A segunda apresentação ficou a cargo do TEMPESTILENCE, de Campinas, com seu Death Metal destruidor. Power trio liderado por Fabio Lupus (gente-finíssima). Na 3º apresentação, sobe ao palco os mineiros do MORTIFER RAGE, com seu Brutal Death e mais de 15 anos no corre, proporcionando hematomas por onde passam \m/. A próxima banda foi a principal apresentação da noite: os paulistas do QUEIRON, também Brutal Death. Banda destruidora que deixou os headbanger ensandecidos… Pude ouvir pelo menos 5 estalos de pescoços se partindo devido aos “banging”… Som de primeiríssima qualidade.

Em seguida sobre ao palco os paranaenses do HOLDER, também power-brutal-death-trio, com: Barba, Nene e Gilsão. Fizeram um show pra ninguém botar defeito (utilizando o jargão com propriedade). Show massacrante. Show ducaralho. E para fechar a noite, vieram lá dos pampas gaúchos o MOVARBRU. Black Metal dus inferno. Fizeram um show (Bah!) brutal e destruidor (TRI LEGAL!).

Os organizadores estão de parabéns em reunir tanta banda foda. O ambiente do Azuz-In Rock também ajuda dar um toque de underground ao cenário. Foi de longe umdos melhores festivais do ano.

Até a próxima!

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Tropa Metal Headbanger 2015 – 5 Anos

     O aniversário de 5 anos do Tropa Metal, que ocorreu no dia 25 de julho de 2015 no Bar do Brinquedo em Contagem, contou com a participação de 7 bandas. O objetivo do evento foi combinar o mundo dos clubes de motociclismo com o dos headbanger underground, já que estes dois universos têm muita coisa em comum.01

O evento reuniu uma grande legião de seguidores, de todas as idades. Apesar de toda a “agressividade” da proposta, o evento foi bastante familiar. Pode-se ver várias crianças curtindo o evento juntamente com seus pais.  Logo, o que nos restou foi apreciar o bom e velho metal, tendo em punho aquela cerva gelada. Para os admiradores das duas rodas, não faltaram exemplares. Boa parte da rua foi tomada pelo reflexo do metal cromado. Falando em metal: Metal e motociclismo, combinação perfeita para arrastar a Panela do Rock/Bikers Division, que montou seu “refúgio” ao lado da barraquinha da Sol… Resultado! Sabadão DUCA.

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Musicalmente falando, o palco estava montado na frente do bar, virado para a rua em uma tenda ao mais clássico estilo underground. Os shows iniciaram com a banda mineira de Speed/Heavy Catástrofe, que fez o deve de casa. Posteriormente, mantendo o gênero, quem assumiu o palco foram os paulistas da Harpago, que também mandaram muito bem.

Agora, particularmente, as duas atrações que mais estava esperando… Sobe ao palco o Metraliator que com seu Black/Thrash Metal fez um show impecável e destruidor, seguido do Sagrado Inferno. A banda Sagrado Inferno foi  fundada em 1983 e foi a primeira banda a fincar a bandeira mineira no cenário do metal (infelizmente, por motivos particulares, acabou entrando em estado de hibernação). Sagrado Inferno, em seu regresso totalmente reestruturado, contou com a presença do seu fundador Marquinho,
acompanhado de seus dois filhos. Eles mandaram muito bem!! Mantiveram em seu repertório grandes clássicos oitentistas como: “Vida Macabra”… 

É fato que Metraliator e Sagrado Inferno foram os grandes destaques do dia! Arrebentaram geral! \m/

Em seguida sobe ao palco mais um peso mineiro de Heavy Metal, bem conhecido no cenário de BH: o Witchcross. Também com longos anos de estrada e sempre com seu visual extravagante, mas com os dedos ferozes e gogó afinado.

Infelizmente tive que abandonar o evento antes da apresentação do Antroforce e Vingança
Suprema, ambas as bandas paulistas na linha do Thrash.Isto porque dependo de transporte público eu tive que correr senão não chegava em casa…

Parabenizo os organizadores bem estruturado evento, que contou com tanta banda foda. Encerro essa “transmissão” na expectativa do próximo Tropa Metal Headbanger.

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Diario do Biker #6 – Bulldogs, Sete Lagoas & Raíssa

IMG_20151206_191459Na quinta-feira da semana passada falei com os caras: “Bora no point dos Bulldogs em Pedro Leopoldo, almoçar no Panela de Pedra na saída da cidade, passar em Sete Lagoas e, na volta pela 040, tomar um café na casa do avô da Raíssa (nossa amiga e membro da Bikers Division), que mora no Quintas do Lago?”.  Domingo partimos. Como temos uma “veia” gastronômica, sempre saímos mais tarde, próximo do horário do almoço. Prezamos por uma boa refeição, sempre!

A idéia era sair 11:00hs da manhã do posto BR ao lado do Via Brasil na Av. Pedro I. Quando deu 10:00hs ainda estava chovendo na região norte e bem nublado pros lados do centro de BH. Os caras ficaram com receio de pegarmos muita chuva, mas eu tinha em mente que deveríamos ir e botei pilha. Eles decidiram por esperar um pouco. O céu abriu depois de 11:30hs e então fomos ao ponto de encontro. Partimos às 12 e qualquer coisa do posto, rumo à Pedro Leopoldo, pela linha verde. Céu limpo, Sol no rosto, vento da estrada…. tudo certo 🙂

Há uns 15kms da entrada da cidade, um motociclista solitário pediu permissão e se juntou ao nosso comboio, entrando em formação. O levamos até o restante dos seus amigos, que aguardavam no acostamento alguns quilômetros à frente. Estrada vazia, ritmo constante, chegamos em Pedro Leopoldo.

No point, enquanto a ba IMG-20151206-WA0007nda se preparava para começar o som ao vivo, conhecemos o Leo Batatinha, fundador e membro do Motoclube. A galera é muito bacana. Circulamos pelo point até começar a banda. Repertório muito bom e a execução bem razoável. Eis que Léo Cristão diz: – “Puta fome do caralho, meu!” Mentira! Ele nunca diria algo assim 🙂 Na verdade ele só disse que estava com fome e decidimos partir. Nos despedimos e pegamos estrada rumo ao Panela de Pedra. Comida farta, muitas opções de carne, mas o custo benefício não vale a pena… muito caro!

Depois de encher a “pança” bate aquela “lombeira” mas
engole o choro, pede um café e bora pra Sete Lagoas. Continuando pela MG424, chegamos à cidade e fomos direto pra lagoa Paulino. Demos uma volta em torno da lagoa, paramos, descansamos, tiramos algumas fotos e… GO! BTW, cidade bonita. Primeira vez que passeio pela cidade. Gostei do que vi.
GO! GO! GO! -> MG040. Alguns quilômetros saindo da cidade já fizemos o retorno rumo ao condomínio Quintas do Lago. Já na portaria encontramos a Raíssa e sua tia. Elas nos levaram até a casa… mais uma esticada na varanda com uma Akita e um labrador obeso. Raíssa diz: – “Vamos tomar um café na casa do vovô!” Claro! 🙂 descemos para a casa do vovô. Fizemos uma roda de bate papo no quintal do vovô, como de costume em Minas. Papo vai, papo vem, café está pronto! Muito bom! Eu não tomo café com açúcar… detesto coisa doce, aliás… mas o vovô teve a manha de “calibrar” o seu café. Muito bom!

Depois de muita prosa, já estava escurecendo… decidimos partir. Crepúsculo na 040. Tudo certo, rítmo bom, voltamos pra casa com a alma leve. Dia muito bacana. Obrigado a todos! Pra finalizar, espetinho e uma Leffe Bruin na entrada do bairro do VK, pra arrematar com classe 😉

É isso! Abraços e até a próxima!

JP

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Exhale the Sound 2015

Poster_ExhaleO Exhale The Sound (ETS) é sem dúvida um dos festivais underground mais fodas do país. A sua terceira edição aconteceu no final de semana dos dias 06 e 07 de novembro de 2015. Cinco bandas tocaram na sexta-feira, na Casa do Jornalista e mais catorze bandas no Sábado, no espaço Nook (lááá no fim do mundo).

Fez muuito calor na noite de sexta-feira. A área do palco na Casa do Jornalista é muito abafada. Foi muito difícil ficar próximo ao palco por muito tempo. O jeito era ir pro lado de fora, respirar um pouco, refrigerar e conferir a exposição de zines, vinis, desenhos, pinturas, etc.

A banda que mais me chamou a atenção no primeiro dia do evento foi a Mácula, da Bahia. Os caras destruíram tudo com um som brutal e viajado ao mesmo tempo!! Muito foda! Vale a pena conferir!

No Sábado a história foi diferente. O espaço Nook, apesar de longe do centro da cidade, é um sítio. Perfeito! Lugar muito foda pra se fazer um festival. Muita grama, árvores, sombra, piscina, etc. e tudo ao ar livre, o que foi o mais legal na minha opinião!

Foram montados dois palcos. Enquanto rolava som em um deles a próxima banda se preparava para entrar em ação no outro. O público não foi prejudicado, pois os shows não aconteciam simultaneamente. Terminava um, bastava caminhar até o outro palco e a festa continuava.

A maioria das bandas que tocou era de metal extremo. Muito Death, Grind & Black. Mas a brutalidade às vezes dava espaço para um post rock de qualidade.

Curti muito os shows de Sábado. Os destaques do dia, IMHO, vão para:

  1. Besta: Os portugueses (Lisboa) destruíram com um showzaço fudido! Grind foda e massacrante.
  2. Offal: Death Metal de Curitiba. Podre, brutal e ducaralho!
  3. Death by Starvation: Black Metal destruidor, apesar de ser apenas uma banda projeto, detonou! Fechou em alto estilo com um cover de Mayhem!
  4. Social Chaos: Banda podre de metalpunk de sampa. Showzaço! Muito mosh!
  5. E a Terra nunca me pareceu tão distante: Apesar de não ser o estilo que curto (post rock), os paulistas mandaram muito bem em sua performance ao vivo. Psicodélica, viajada, moderna.

Para completar, cerveja a preço justo. Muito bem organizado. Estacionamento amplo. Tudo certo! Agora o que nos resta é aguardar a próxima edição deste evento fodaço!

Confira algumas fotos do evento no álbum da Dayane.

Valeu!

JP

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Diário do Biker #5 – Concerto de órgão em Mariana

Sábado resolvemos “dar um pulo” em Brumadinho, via Casa Branca, passando pela estrada da serra do Rola Moça… Cena triste aquela mata pegando fogo. É sempre a mesma coisa, todos os anos a grande BH queima. A maioria das vezes começa de forma criminosa, segundo o Corpo de bombeiros… mas bola pra frente. Paramos um pouco no mirante e continuamos a viagem.

A estradinha até Casa Branca é muito divertida e sinuosa. Curvas tão fechadas que dão a impressão de voltarem no mesmo lugar! Pena que é bem curta… rapidinho já estávamos na cidade.

Seguindo a Rodovia JK, com acesso à Piedade de Paraopeba, continuamos rumo a Brumadinho. A estrada é boa, no geral, mas tem trechos de asfalto muito ruins. Os dois parafusos da minha placa cairam por causa da vibração e da instalação igual ao nariz de quem fez… mas ok. bora lá. O calor estava muito forte e depois de uns 30mins de estrada já estávamos precisando refrigerar. Por sorte o Webão avistou uma barraquinha de caldo de cana numa esquina de estrada de terra… Foi como se estivéssemos achado um oásis no meio do deserto! 🙂

– Com muito gelo por favor, moço!

A viagem continuou e chegamos em Brumadinho por volta de 14:30. A fome já estava apertando bastante. Um amigo nosso que estava no comboio deu a dica de almoçarmos no centro. Self service, coca gelada, problema resolvido!

Para voltar: 040, 381 e 262. Asfalto bom, ritmo bom, rapidinho voltamos à BH.

catedralDaSeMarianaNo Domingo partimos para o segundo round. Nos encontramos 9:00 da manhã no posto Chefão, saída para o Rio. De lá, partimos para Mariana. Esse dia foi especial, pois fomos a um concerto de Órgão na Catedral da Sé! No repertório da organista uruguaia Cristina García Banegas: Johann Sebastian Bach, Francisco Correa de Arauxo, Maestro Cabrera del Perú e Livro de Maria Antonia Palacios. O órgão: um Arp Schnitge, alemão, do século 17, construído em Hamburgo. Um som impressionante! Uma curiosidade é que as teclas orgaoCatedralSeMarianadeste órgão foram cobertas por uma camada de dente de Mamute de 20.000 anos!! A idéia era preservar os elefantes, pois o Marfim só causa matança desnecessária.

Mariana é uma cidade histórica do século 17 com um arquitetura predominantemente barroca. Vale muito a pena conhecê-la. Povo receptivo e simpático, como a maioria dos mineiros. A estrada de acesso, saindo de BH é a mesma que vai à Ouro Preto: sinuosa e um pouco perigosa, pois não há acostamento. Mas é muito bela! O clima muda assim que Ouro Preto se aproxima. Aquele calor forte sai de cena para dar lugar à um clima ameno e um ar mais úmido. Muito bom para um passeio de motocicleta.

Para completar a nossa viagem, demos uma passada na Praça dos Ferroviários, onde estava acontecendo o encontro de motociclistas da cidade, com direito ao aniversário dos Vira Latas! Curtimos um pouco o evento, conhecemos o pessoal, almoçamos e bora pra BH.

Ufa, acho que é isso, pessoal!

Até a próxima Aventura!

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Diário do Biker #4 – Tour Estônia & Letônia

Pois é, galera, a Bikers Division agora é internacional! 🙂 No mês passado, o Viking, a Samla e eu estávamos viajando pelos países nórdicos e já estávamos planejando alugar motos por lá, em algum momento da viagem. Chegando na Dinamarca começamos a entrar em contato com algumas locadoras. Já de cara recebemos a triste notícia que eles não alugavam mais, pois era fora de temporada. Na Europa tem disso mesmo… temporada é apenas no ápice do verão, quando o Sol esquenta de verdade aquelas terras geladas. Como fomos em setembro, apesar de ser o final do verão, nada feito… a viagem continuou e fomos passeando de um país para o outro, mas nossa jornada em busca das Bikes continuou. Já estávamos começando a ficar desanimados com tantos “não alugo nessa época” que recebemos. Quando chegamos à Helsinque, capital da Finlândia, encontramos uma loja na Estônia, revendedora oficial da marca KTM, que estava alugando!!! Yeah! Conversamos com o Mart Lajal (Ekstreemmoto www.ktm.ee), o dono da loja, e reservamos duas motos: Uma Duke 690 R 2011 para mim e uma Duke 690 2012 para o Viking. A Samla foi dirigindo o carro de apoio.

12010497_10207934218777425_117859545207766220_oAs estradas daquelas bandas de lá são muito boas. Asfalto parece um tapete, super sinalizadas e o mais importante: todo mundo respeita as leis de trânsito! São muitos KMs de retas e curvas suaves… essa é a parte “boring” da coisa, mas tudo bem. Com essas motos deu pra acelera um pouquinho e se divertir mesmo sem fazer muitas curvas.

Partimos de Jälgimäe no meio da tarde, rumo à Riga, capital da Letônia. Já nos 30 primeiros minutos deu pra entender o motivo de praticamente ninguém alugar motos nessa época: o vento é congelante. Bem OK pra andar pela cidade com uma jaqueta leve e uma calça jeans, mas longe de estar OK para pilotar motos. Depois de uma hora pilotando já não sentia mais meus joelhos. Fizemos uma parada providencial pra ativar a circulação, aquecer um pouco o corpo e complementar a indumentária com uma calça adicional! Continuamos a viagem apesar do frio do cão. Como somos brasileiros e não desistimos nunca, chegamos à Riga por volta de 22:00. O Sol se põe nessa época do ano por volta de 20:30 e a diferença é só a iluminação, pois ele não aquece os corações dos oprimidos… é um Sol gelado.

Com a lição aprendida, passamos a usar segunda pele (calça, camisa de manga e luvas) além de jaquetas e calça impermeável. Nossa próxima incursão foi rumo à Jürmala, uma cidadezinha bonitinha e com uma praia parecida com as nossas, tirando o frio e que ninguém entra na água 🙂 Pegamos chuva em um dos trechos da viagem e, amigo, não é nada legal a combinação de chuva e frio! Mas engole o choro e vambora! Ah! A vantagem da chuva foi sumir com os mosquitos, que são tantos, mas tantos, que explodem na viseira o tempo todo, nos obrigando a fazer paradas para limpar aquele meleca bizarra que nos impede de enxergar direito! hahaha

Falando um pouco das motos, a Duke 690 R é uma Street com bolha e uma pegada de Big Trail. Ela é mais alta e tem um banco mais estreito do que a versão Duke 612009652_492990584215538_8899429507190439499_n90. Seu motor é super
agressivo e o seu ronco ganha brilho com a ponteira curta que já vem de série. Os freios ABS garantem uma segurança legal. O ponto fraco, na minha opinião é a vibração excessiva. Mesmo em alta rotação e velocidade a vibração é tanta que chega a atrapalhar de se conferir os retrovisores, que tremem junto e embaçam a imagem refletida. A Duke 690 é mais estável e vibra menos que a R, porém seu motor perde um pouco em relação à primeira. Ela é mais baixa, banco mais largo e mais confortável e possui um escapamento mais esportivo. Fizemos um test drive na Duke 390 antes, para verificar se o custo adicional valeria a pena. Sim, foram alguns euros a mais que valeram cada cilindrada, pois o conforto nas ultrapassagens, retomadas e esticadas nas retas nos poupou tempo e dores nos pulsos.

No geral, as paisagens são muito bonitas, o que valorizou muito a nossa viagem. Primeira de muitas internacionais que virão. Quem sabe na próxima todos os membros da Bikers Division viajam juntos! Deixo aqui um video para vocês sentirem um gostinho do que passamos!

Até a próxima Aventura!

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Refúgio Macabro Metal Fest – Ato II (Corpus Vermis)

tmp_11424-11754660_956413101067289_7525387678586793680_o423388408O que você acha de curtir quase 24h seguidas de metal extremo, no mais típico cenário underground, com venda de materiais das bandas como: CDs, vinis, camisas e até mesmo nossa imortal fita K7? Ah! Isso tudo regado à cerva por R$5,00, caldo de feijão e arroz carreteiro!!!
Pois é! Esse foi o REFÚGIO MACABRO Ato II, que aconteceu no dia 11/07/2015 em BH e contou com nada mais nada menos que 19 bandas de estilos diferentes, vindas de tudo quanto é canto do país:

 

IMPURITY – MG
VULTOS VOCIFEROS – DF
EMINENT SHADOW – DF
VELHO – RJ
DENIED REDEMPTION – DF
SANGRENA – SP
NECROBIOTIC – MG
R.C.E. – BA
DEATHRAISER – MG
DEVOURING – BA
METRALIATOR – MG
DEATH SLAM – DF
ENDLESS BRUTALITY – RN
PRECEPTOR – MG
ORGIA NUCLEAR – ES
IN APOSTASIA – MG
MATA BORRÃO – MG
MORTIFER RAGE – MG
ODALHEIN – RN

 

Perceberam a responsa em falar de um festival como este e da dificuldade em descrever tudo que foi visto e ouvido neste dia, né? Mas vamos lá.

Começando pelo nome: Refúgio Macabro, que define exatamente a Spasso Escola de Circoinsanidade e o objetivo desse festival, que juntou uma quantidade considerável de headbangers de todas as gerações em sua segunda edição. O local escolhido também atendeu como uma luva ao clima soturno do festival, onde, do lado de fora você se depara com a “realidade brasileira”: moradores de rua, catadores de lixo e marginalizados. Do lado de dentro, um toque de circo dos horrores, cujo picadeiro foi o palco de críticas sociais/políticas e contra idéias de dominação em massa, retratadas nas letras das músicas.

 

Éramos três da panela (Samir, Viking e Filipe), interessados em ouvir o que tinha de mais pesado, fétido, obsceno e impuro no mundo do metal e, para isso, contamos com o apoio das bandas que estavam suando sangue e tocando como se suas vidas dependessem daquele momento. Resultado: o melhor do underground para um público insano. Público este que parecia um bando de possuídos por hordas espirituais, marchando para a batalha do apocalipse. Todos dispostos a fazer história neste dia, mesmo sem querer.

 

Apesar das trocas de bandas no palco terem ocorrido relativamente rápido, em alguns pontos, ocorreram falhas na regulagem do som, comprometendo boa parte dos shows. Contudo, isso não diminuiu o mérito dos organizadores do evento. Apesar da grande diversidade de estilos, tanto as bandas quanto o público respeitaram uns aos outros, focando suas energias no que realmente importava: a música. Prova de que a união headbanger existe e que cresce a cada dia, principalmente no cenário underground. Internamente, o espaço era bem amplo e apresentou uma boa acústica, sem falar na arquibancada ao lado do palco para aliviar os pés cansados das gerações 70 e 80 (como nós), que também marcou presença.

 

tmp_11424-1520649_956412951067304_2222341267240557538_n1243218106Quanto à performance das bandas que presenciamos, todas tiveram um desempenho notável, mas destaco algumas participações como: Devouring, Velho (e seus fãs mega empolgados), Metraliator, Denied Redemption, Necrobiotic… e pra finalizar nossa participação, atingindo o cume (ou a ponta do chifre do capiroto): Impurity! Eis nosso deadline 🙁 Após a apresentação do Impurity, fomos embora. A quantidade de bandas é sim um ponto positivo. Porém, trintões (como nós) já sentem o peso dos muitos natais vividos. Com muito pesar deixamos de ver 8 bandas, uma vez que passar quase 24hs direto de shows pesa muito, o cansaço bate e o jeito é ir embora pra casa.

 

Na minha opinião seria bem melhor se o festival tivesse sido dividido em dois dias, ou até mesmo começar mais cedo (ainda pela manhã), para que as bandas que se apresentaram mais ao final do evento não ficassem tão prejudicadas. Seja pelo público que vai minguando, seja pela exaustão que vai tomando conta dos bangers mais selvagens. Fica aí a sugestão para a próxima edição.

Por aqui encerro. Já na expectativa de um vindouro ato III e que possa arrastar mais e mais amigos bangers que valorizam o mais puro e extremo metal. Coisa que só o cenário underground tem para oferecer.

 

“Metal is the Law”

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Ocupação Metal – Praça Duque de Caxias – Sta Tereza

IMG_20150704_172124Ainda estávamos em Varginha (Roça’n’Roll) no Sábado, após o churrasco metal na praça, já combinando o segundo round, só que em alguma praça de BH. Na semana seguinte ao Roça, já tínhamos definido uma data e um planejamento inicial para a Ocupação Metal na Praça Sta. Tereza. Como nos anos 90 (várias pessoas me falaram isso), quando os metaleiros se concentravam nas praças, fizemos um revival daqueles tempos. Ontem, dia 4 de julho, fomos pra Praça Duque de Caxias, conhecida como Praça Santa Tereza e repetimos a dose.

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Mais de 45 rockeiros & metaleiros passaram pela Ocupação Metal. Foi um evento restrito, pois chamamos apenas alguns amigos da panela. Uma tarde foda daquele Sábado, ouvindo clássicos do Rock’n’Roll/Metal, tomando uma breja e ainda por cima comendo um espetinho!

Tudo na paz, tudo na tranquilidade!

Aos poucos começamos a chegar e a ocupar o nosso espaço. Isso era mais ou menos umas 14:00hs. Papo vai, papo vem, a galera foi chegando e quando vimos já eram quase 23:00hs! Tudo passou muito rápido! Mas valeu muito a pena. Claro que repetiremos esse movimento! Quem sabe agora num formato público. Vamos Ver . Enquanto isso. Ficamos com as lembranças daquela dia.

Ah! Obviamente recolhemos todo o lixo, limpamos o lugar onde ficamos e o deixamos como o encontramos.

É isso aí galera, até a próxima bagunça!

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Diário do Biker #3 – Tiradentes Bike Fest 2015

Eaê galera do metal e das bikes, bão demais?
Jairoman aqui, escrevendo meu primeiro post pra relatar a aventura do meu primeiro encontro de motociclistas (e motoqueiros! Sim, eu não tenho preconceito nenhum com a palavra :^P) com a minha Lady Morgana nas terras dos inconfidentes!
Aventura porque passei alguns apertos que segundo o nosso brother Japa merecem ser contados! XD
Acordei bem cedinho no sábado (quem diria hahaha), ajeitei as coisas na Morgana, botei a caveira da Panela nas costas e fui encontrar com o brother Jones na av. Cristiano Machado pra partirmos junto.
Tiradentes 03Lá vou eu de boa, quase chegando no posto onde íamos encontrar, quando para um cara de moto do meu lado e me avisa que o alforge esquerdo da Morgana tinha caído no meio da Cristiano Machado (o mané aqui esqueceu de travar), meu coração quase parou!
O cara se ofereceu pra olhar a moto enquanto eu voltava a pé pra tentar achar o alforge, que tava com algumas roupas e minha única blusa de frio!
Andei quase um kilômetro e nada, desisti e imaginei que alguém tivesse catado e levado embora e já era. Mandei um whatsapp pro Jones falando que ele podia ir sem mim, fui voltando desanimado e achando que a viagem tinha acabado antes mesmo de começar.
Daí me para outro motociclista, aqueles caras que entregam jornal, dizendo: “Cara, cê andou longe pra caramba!!! Já peguei seu alforge e até encaixei lá na tua moto, sobre aí que eu te levo lá!”
Deve ter sido uma cena engraçada pra caramba, uma CGzinha 150 cc com um cara grandão empoleirado em cima de um monte de jornais! kkkkkkkk
Agradeci os dois caras um milhão de vezes e o entregador de jornais só dizia: “quê isso cara, esquenta não, somos todos iguais, é isso mesmo, um ajudando o outro”!
O mundo tá cheio de pessoas bacanas demais pra gente conhecer mesmo, basta ter a mente e o coração abertos!
E sobre duas rodas, tenho certeza que ainda conhecerei muitas outras assim! 😀
Bom, segui viagem então, acabei não encontrando o Jones lá. O meu celular não pegava… Tinha gente demais! Talvez por isso a antena estava congestionada. Mas o encontro tava FODA demais, adorei tudo!!!
Tiradentes é uma cidade linda, motos lindas de todos os tipos a perder de vista, muita gente bacana, shows ótimos de jazz e um cara que tocava um Blues absurdo de bom, cervejas deliciosas e por aí vai!!! hehehe
Quero voltar sempre e recomendo muito a todos!

Enquanto isso, distante dalí, meus colegas de motogrupo: Léo Cristão, Ziguilin e Japa rumavam para Lagoa Santa e, de lá, para Lapinha. Segundo BikersDivisionLagoaSantaeles, uma viagem muito foda também, apesar de muito calma e tranquila. Nada de encontro de motociclistas, apenas a linha verde e uma cidadezinha pacata. O Webão foi mais tarde, pois dormiu demais e perdeu o horário da saída 🙂 Os pais do Viking moram lá e ele estava por lá também. Almoçaram todos juntos e depois partiram de volta a BH com o espírito leve.

É isso, moçada! E que venham as próximas aventuras!
It’s on the road, brothers! \o/

Tiradentes 01

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Roça ‘n’ Roll 2015

Pelo terceiro ano consecutivo a Panela do Rock marcou presença nesse, que é um dos maiores eventos de Rock/Metal do Brasil. O Roça ‘n’ Roll completou 17 edições e aumenta a cada ano sua expressão e reconhecimento no cenário nacional. Depois de Grave Digger e Rotting Christ, esse ano foi a vez do Pain of Salvation…. IMHO, a vez era realmente dos caras do Vader, mas eles cancelaram o show e deixaram muitos fãs na mão… mas enfim… Bola pra frente…

Mais de 20 membros da Panela partiram de BH rumo à Terra do ET, Varginha, ao sul de Minas. São aproximadamente 300kms de estrada que passam de forma muito prazerosa junto com os amigos. Com o setlist preparado em cada um dos 5 carros, além do Jairão da Bikers Division em sua Dyna, pegamos a estrada.

O festival, que é realizado na fazenda Estrela (localizada a uns 40mins do centro de Varginha), acontece sempre no Sábado, mas na sexta existe um “esquenta”. Esse ano foram shows de bandas cover em um canto na cidade. Ano passado fomos à esse esquenta. Foi uma decepção, pois as bandas eram muito ruins, então o jeito foi beber. Esse ano decidimos que não iríamos ao esquenta. Ao invés disso, tivemos a idéia de nos reunir em uma praça no centro da cidade e fazer um churrasco. Isso mesmo! Churrasco na praça! Não podia ter sido melhor!

ChurrasNaPraca

Depois de escolher cuidadosamente um canto na praça, acendemos a churrasqueira e aí, amigo, só festa. Mendigos, “donos da rua” e moradores da cidade foram lá conhecer aquele bando de malucos de preto fazendo festa na cidade deles. Fomos a atração! As pessoas entenderam que não éramos baderneiros e entraram na bagunça, tirando fotos conosco, nos dando parabéns pela iniciativa, etc. etc. e pumba! No final, guardamos tudo, limpamos tudo e deixamos aquele canto da praça do jeito que encontramos. Ano que vem com certeza terá um segundo round. Varginha, Obrigado!

No dia seguinte, sabadão, foi só ter “o trabalho” de acordar, tomar café, dar um rolê na cidade, almoçar e ir p/ praça do ET pegar o busão (que sai de hora em hora e custa R$2,60) do evento. +/-40 mins de estrada de terra e voila! Chegamos à fazenda. Sol e Diney, amigos nossos, foram de carro e levaram todo o aparato para continuarmos o churrasco. Armamos a tenda e dá-lhe maminha! 🙂

PanelaCampRoca

Bom, chega de farra do lado de fora e bora pra dentro curtir os shows! Falando nisso, esse ano eu confesso que não estava tão empolgado com os shows como nos últimos anos. A banda que eu queria ver cancelou e a atração principal era de Metal Prog. Um estilo que não sou muito fã. Apesar de tudo, reconheço que Pain Of Salvation fez um showzaço e seus fãs piraram com a performance dos caras. Das bandas que assisti uma me impressionou muito, a banda Fafnir! Eles tocaram na tenda, espaço reservado na entrada do festival, para bandas menores. Mas de pequeno nada tinha o som deles. Metal pagão, com muitas influências de Folk metal, mas ao vivo Death e Black metal pesou muito a pegada dos caras. Showzaço! Na minha opinião o melhor. Tuatha de Danann e Cálix fizeram o show padrão deles. Floresta e duende não é minha vibe, logo a única coisa que posso dizer a respeito do show deles é que o som estava com boa qualidade. Perdi Necrobiotic… Death podre de Minas… mas não tem problema, em julho tem Refúgio Macabro em BH e já estou com o ingresso! 🙂

Mais tarde o Mork tentou tocar, mas o som estava um lixo e não tinha um maldido técnico de som e/ou membro da produção pra ajudar a resolver o problema, resultado? Os caras foram vaiados e abandonaram o palco… uma pena, pois esses caras de Brasília fazem um Black/Death de primeira qualidade… Depois, Krisiun! Krisiun é Krisiun! Krisiun é um trio brutal foda que sempre detona. Krisiun é do Sul e Krisiun não decepciona! Mas Krisiun não substitui Vader, poha… 🙁 Mas ok. Krisiun é… como eu disse… Krisiun é Krisiun e foda-se! Vi outros shows no palco principal, mas o que me chamou a atenção foi isso!

Em linhas gerais o festival foi bem mais fraco que os anos anteriores… acredito que o cancelamento do Vader contribuiu muito para isso. O público estava fraco se comparado com os anos anteriores, mas festival é assim mesmo. Nem sempre sai como planejamos. De qualquer maneira, ainda é um festival de peso e se eu estiver vivo ano que vem, com certeza irei!

Abraços e até a próxima aventura!

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