Diario do Biker #6 – Bulldogs, Sete Lagoas & Raíssa

IMG_20151206_191459Na quinta-feira da semana passada falei com os caras: “Bora no point dos Bulldogs em Pedro Leopoldo, almoçar no Panela de Pedra na saída da cidade, passar em Sete Lagoas e, na volta pela 040, tomar um café na casa do avô da Raíssa (nossa amiga e membro da Bikers Division), que mora no Quintas do Lago?”.  Domingo partimos. Como temos uma “veia” gastronômica, sempre saímos mais tarde, próximo do horário do almoço. Prezamos por uma boa refeição, sempre!

A idéia era sair 11:00hs da manhã do posto BR ao lado do Via Brasil na Av. Pedro I. Quando deu 10:00hs ainda estava chovendo na região norte e bem nublado pros lados do centro de BH. Os caras ficaram com receio de pegarmos muita chuva, mas eu tinha em mente que deveríamos ir e botei pilha. Eles decidiram por esperar um pouco. O céu abriu depois de 11:30hs e então fomos ao ponto de encontro. Partimos às 12 e qualquer coisa do posto, rumo à Pedro Leopoldo, pela linha verde. Céu limpo, Sol no rosto, vento da estrada…. tudo certo 🙂

Há uns 15kms da entrada da cidade, um motociclista solitário pediu permissão e se juntou ao nosso comboio, entrando em formação. O levamos até o restante dos seus amigos, que aguardavam no acostamento alguns quilômetros à frente. Estrada vazia, ritmo constante, chegamos em Pedro Leopoldo.

No point, enquanto a ba IMG-20151206-WA0007nda se preparava para começar o som ao vivo, conhecemos o Leo Batatinha, fundador e membro do Motoclube. A galera é muito bacana. Circulamos pelo point até começar a banda. Repertório muito bom e a execução bem razoável. Eis que Léo Cristão diz: – “Puta fome do caralho, meu!” Mentira! Ele nunca diria algo assim 🙂 Na verdade ele só disse que estava com fome e decidimos partir. Nos despedimos e pegamos estrada rumo ao Panela de Pedra. Comida farta, muitas opções de carne, mas o custo benefício não vale a pena… muito caro!

Depois de encher a “pança” bate aquela “lombeira” mas
engole o choro, pede um café e bora pra Sete Lagoas. Continuando pela MG424, chegamos à cidade e fomos direto pra lagoa Paulino. Demos uma volta em torno da lagoa, paramos, descansamos, tiramos algumas fotos e… GO! BTW, cidade bonita. Primeira vez que passeio pela cidade. Gostei do que vi.
GO! GO! GO! -> MG040. Alguns quilômetros saindo da cidade já fizemos o retorno rumo ao condomínio Quintas do Lago. Já na portaria encontramos a Raíssa e sua tia. Elas nos levaram até a casa… mais uma esticada na varanda com uma Akita e um labrador obeso. Raíssa diz: – “Vamos tomar um café na casa do vovô!” Claro! 🙂 descemos para a casa do vovô. Fizemos uma roda de bate papo no quintal do vovô, como de costume em Minas. Papo vai, papo vem, café está pronto! Muito bom! Eu não tomo café com açúcar… detesto coisa doce, aliás… mas o vovô teve a manha de “calibrar” o seu café. Muito bom!

Depois de muita prosa, já estava escurecendo… decidimos partir. Crepúsculo na 040. Tudo certo, rítmo bom, voltamos pra casa com a alma leve. Dia muito bacana. Obrigado a todos! Pra finalizar, espetinho e uma Leffe Bruin na entrada do bairro do VK, pra arrematar com classe 😉

É isso! Abraços e até a próxima!

JP

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Exhale the Sound 2015

Poster_ExhaleO Exhale The Sound (ETS) é sem dúvida um dos festivais underground mais fodas do país. A sua terceira edição aconteceu no final de semana dos dias 06 e 07 de novembro de 2015. Cinco bandas tocaram na sexta-feira, na Casa do Jornalista e mais catorze bandas no Sábado, no espaço Nook (lááá no fim do mundo).

Fez muuito calor na noite de sexta-feira. A área do palco na Casa do Jornalista é muito abafada. Foi muito difícil ficar próximo ao palco por muito tempo. O jeito era ir pro lado de fora, respirar um pouco, refrigerar e conferir a exposição de zines, vinis, desenhos, pinturas, etc.

A banda que mais me chamou a atenção no primeiro dia do evento foi a Mácula, da Bahia. Os caras destruíram tudo com um som brutal e viajado ao mesmo tempo!! Muito foda! Vale a pena conferir!

No Sábado a história foi diferente. O espaço Nook, apesar de longe do centro da cidade, é um sítio. Perfeito! Lugar muito foda pra se fazer um festival. Muita grama, árvores, sombra, piscina, etc. e tudo ao ar livre, o que foi o mais legal na minha opinião!

Foram montados dois palcos. Enquanto rolava som em um deles a próxima banda se preparava para entrar em ação no outro. O público não foi prejudicado, pois os shows não aconteciam simultaneamente. Terminava um, bastava caminhar até o outro palco e a festa continuava.

A maioria das bandas que tocou era de metal extremo. Muito Death, Grind & Black. Mas a brutalidade às vezes dava espaço para um post rock de qualidade.

Curti muito os shows de Sábado. Os destaques do dia, IMHO, vão para:

  1. Besta: Os portugueses (Lisboa) destruíram com um showzaço fudido! Grind foda e massacrante.
  2. Offal: Death Metal de Curitiba. Podre, brutal e ducaralho!
  3. Death by Starvation: Black Metal destruidor, apesar de ser apenas uma banda projeto, detonou! Fechou em alto estilo com um cover de Mayhem!
  4. Social Chaos: Banda podre de metalpunk de sampa. Showzaço! Muito mosh!
  5. E a Terra nunca me pareceu tão distante: Apesar de não ser o estilo que curto (post rock), os paulistas mandaram muito bem em sua performance ao vivo. Psicodélica, viajada, moderna.

Para completar, cerveja a preço justo. Muito bem organizado. Estacionamento amplo. Tudo certo! Agora o que nos resta é aguardar a próxima edição deste evento fodaço!

Confira algumas fotos do evento no álbum da Dayane.

Valeu!

JP

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Diário do Biker #5 – Concerto de órgão em Mariana

Sábado resolvemos “dar um pulo” em Brumadinho, via Casa Branca, passando pela estrada da serra do Rola Moça… Cena triste aquela mata pegando fogo. É sempre a mesma coisa, todos os anos a grande BH queima. A maioria das vezes começa de forma criminosa, segundo o Corpo de bombeiros… mas bola pra frente. Paramos um pouco no mirante e continuamos a viagem.

A estradinha até Casa Branca é muito divertida e sinuosa. Curvas tão fechadas que dão a impressão de voltarem no mesmo lugar! Pena que é bem curta… rapidinho já estávamos na cidade.

Seguindo a Rodovia JK, com acesso à Piedade de Paraopeba, continuamos rumo a Brumadinho. A estrada é boa, no geral, mas tem trechos de asfalto muito ruins. Os dois parafusos da minha placa cairam por causa da vibração e da instalação igual ao nariz de quem fez… mas ok. bora lá. O calor estava muito forte e depois de uns 30mins de estrada já estávamos precisando refrigerar. Por sorte o Webão avistou uma barraquinha de caldo de cana numa esquina de estrada de terra… Foi como se estivéssemos achado um oásis no meio do deserto! 🙂

– Com muito gelo por favor, moço!

A viagem continuou e chegamos em Brumadinho por volta de 14:30. A fome já estava apertando bastante. Um amigo nosso que estava no comboio deu a dica de almoçarmos no centro. Self service, coca gelada, problema resolvido!

Para voltar: 040, 381 e 262. Asfalto bom, ritmo bom, rapidinho voltamos à BH.

catedralDaSeMarianaNo Domingo partimos para o segundo round. Nos encontramos 9:00 da manhã no posto Chefão, saída para o Rio. De lá, partimos para Mariana. Esse dia foi especial, pois fomos a um concerto de Órgão na Catedral da Sé! No repertório da organista uruguaia Cristina García Banegas: Johann Sebastian Bach, Francisco Correa de Arauxo, Maestro Cabrera del Perú e Livro de Maria Antonia Palacios. O órgão: um Arp Schnitge, alemão, do século 17, construído em Hamburgo. Um som impressionante! Uma curiosidade é que as teclas orgaoCatedralSeMarianadeste órgão foram cobertas por uma camada de dente de Mamute de 20.000 anos!! A idéia era preservar os elefantes, pois o Marfim só causa matança desnecessária.

Mariana é uma cidade histórica do século 17 com um arquitetura predominantemente barroca. Vale muito a pena conhecê-la. Povo receptivo e simpático, como a maioria dos mineiros. A estrada de acesso, saindo de BH é a mesma que vai à Ouro Preto: sinuosa e um pouco perigosa, pois não há acostamento. Mas é muito bela! O clima muda assim que Ouro Preto se aproxima. Aquele calor forte sai de cena para dar lugar à um clima ameno e um ar mais úmido. Muito bom para um passeio de motocicleta.

Para completar a nossa viagem, demos uma passada na Praça dos Ferroviários, onde estava acontecendo o encontro de motociclistas da cidade, com direito ao aniversário dos Vira Latas! Curtimos um pouco o evento, conhecemos o pessoal, almoçamos e bora pra BH.

Ufa, acho que é isso, pessoal!

Até a próxima Aventura!

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